Eu participo de um coletivo formado só por mulheres, em Campina Grande, o Ariel Coletivo Literário. Com o Ariel desenvolvemos alguns projetos de vídeo-poema, por exemplo: “Pelos Olhos Delas”, inspirado na literatura de Conceição Evaristo e que foi transmitido pela FUNESC Paraíba (https://www.youtube.com/watch?v=0it8Wzfywik); este mês, em homenagem ao 25 de julho, fizemos um novo vídeo-poema, “Negras vozes, negras histórias: eu sou porque nós somos”, a partir de um convite do IFCE (https://drive.google.com/file/d/17OTpNYzERk3O1N5COlpcVp0zCtGes6iw/view?usp=sharing). Em parceria com amigas da poesia e do audiovisual, também elaboramos outro vídeo-poema que está participando de um festival de cinema na Espanha, “eucorpoterritório”, trata-se de um festival de curtas feministas com produções de 17 países (http://www.donamcine.org/edicion2020/index.php/es/home-8/cortos-a-concurso/83-yocuerpoterritorio). Em todos esses vídeos, eu participo com composições poéticas autorais com foco na memória com um recorte de gênero e raça. Tenho pensado bastante sobre o meu lugar no mundo como mulher negra, nos trânsitos, na minha relação tanto com a ancestralidade quanto com o futuro. Além dessa parte da produção artística, na esfera acadêmica, tenho um artigo no prelo sobre a análise do “Dossiê Poesia Hoje: Negra” a partir de reflexões sobre mulher e emoção, lirismo, subjetividades e futuro; na mesma linha de considerações sobre poesia negra, participarei da mesa “Estudos da decolonização e pós-coloniais” do II Seminário Internacional Literatura e Cultura, dia 13 de agosto, na Universidade Federal de Sergipe; e pretendo coordenar uma pesquisa de iniciação científica (PIBIC) a partir de agosto, centrada na obra de Teresa Cárdenas – AS VOZES DAS MULHERES LATINO-AMERICANAS: LITERATURA E MEMÓRIA – já foi aprovada no resultado preliminar da instituição onde sou professora (de Literaturas Hispânicas na Universidade Estadual da Paraíba – UEPB) e estou aguardando o resultado definitivo. 2021 tem sido um ano de mergulho nos estudos, nas pesquisas e nas produções a partir do universo afro/ afrodiaspórico, espero poder me aprofundar e seguir fluindo com novos frutos.