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Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC)

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Sim. O Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC) se constituiu ao longo dos últimos 20 anos como um coletivo que escolheu o caminho da luta, da resistência e da persistência ao trabalhar de forma comunitária, com comunidades tradicionais (de terreiro e quilombolas), LGBTQI e indígenas. Enquanto entidade organizativa, de combate ao racismo e outras formas de discriminação, tem atuado na em diversas iniciativas seja colaborando ou idealizando como a caminhada contra a intolerância religiosa realizada anualmente em Juazeiro do Norte, a Marcha das Mulheres Negras do Cariri que visa denunciar formas de discriminação, opressão e aniquilamento, além do Congresso Artefatos da Cultura Negra que em 2020 chegou a sua décima primeira edição e que tem se consagrado como um expressivo evento de pesquisa sobre a população negra do país.
Vale também destacar as participações em Conselhos Municipais, como o da Saúde e o da Mulher, além de um dos trabalhos mais colaborativos em que pense a educação voltada para as relações étnico-raciais, como Mapeamento das Comunidades Rurais Negras e Quilombolas do Cariri feito junto Cáritas Diocesana de Crato – CE, a partir do qual foi lançada a “Cartilha Caminhos, Mapeamento das Comunidades Negras e Quilombolas do Cariri Cearense”. Este trabalho contou com a participação de cerca de 25 comunidades. Seis delas se autoreconheceram remanescentes de quilombolas. Note-se ainda que comunidades como as de Arruda (Araripe), Sousa (Porteiras) e Serra dos Chagas (Salitre) já contam com certificado de remanescentes de quilombolas adquirido junto à Fundação Cultural Palmares. Vale também lembrar o trabalho desenvolvido nas comunidades rurais e quilombolas com os quintais produtivos e as feiras com os produtos das pessoas cuidadoras desses quintais. Onde aconteciam na cidade e também nos eventos como exemplo do Artefatos da Cultura Negra.
Todo esse trabalho é realizado a muitas mãos, mas protagonizado por duas mulheres negras: Valéria e Veronica Carvalho. Através de suas histórias pensaremos e contaremos a história de resistência, potência, afeto e ancestralidade do movimento negro no Cariri cearense.