O Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras (PLMM) reverencia a rainha de Nossa Senhora das Mercês do Reinado de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá, poeta, ensaísta, pesquisadora, professora e artista Leda Maria Martins. Ademais, as categorias e as diretrizes da premiação são fundamentadas no repertório intelectual e cultural de Martins.
A primeira edição do PLMM foi realizada no dia 06 de dezembro de 2017, em Belo Horizonte, Minas Gerais. E desde 2024, a honraria se instituiu em abrangência nacional para todas as categorias. O prêmio contempla obras artísticas negras de todos os tempos, remetendo ao sentido teórico-prático de performances de temporalidade espiralar (Martins, 2002), ou seja, “nas espirais do tempo, tudo vai e tudo volta”.
Cada edição do PLMM é regida por um tema/pensamento que orienta o contexto crítico de seleção de obras artísticas. Dessa forma, além da perene homenagem à Martins, a cada ano a premiação reverencia um pensamento negro e seu/sua autor/a. Nesse sentido, no atual histórico consta: “Afeto emancipatório” (2017), de Nilma Lino Gomes; “Escrevivência – escrever, viver, se ver” (2018), de Conceição Evaristo; “Exuzilhar – verbo” (2019), de Cidinha da Silva; “Quilombismo” (2020), de Abdias Nascimento; “Pretuguês” (2021), de Lélia Gonzalez; “Suturas” (2022), de Rosana Paulino; “Reintegração de Posse” (2023), de Erica Malunguinho; “Da Negação à Afirmação do Brasil”, de Joel Zito Araújo (2024).
O PLMM tem reconhecido e celebrado as artes a partir de expressões intelectuais e conceituais de encruzilhada, muriquinho, oralitura, corpo adereço, performance do tempo espiralar, lugar da memória, afrografia, cena em sombras, palco em negro, ancestralidade e corpo-tela. Daí se fundamenta a criação das categorias da premiação:
Encruzilhada: Direção.
Muriquinho: Infantojuvenil.
Oralitura: Texto – Trilha sonora.
Corpo Adereço: Dança.
Performance do Tempo Espiralar: Performance.
Lugar da Memória: Obra cênica de curta duração.
Afrografia: Atuação.
Cena em Sombras: Cenário – Figurino – Luz.
Palco em Negro: Obra cênica de longa duração.
Ancestralidade: Personalidade – Homenagem – Revelação.
Corpo-Tela: Artes integradas.
